Alan Watts - Music and Life

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Da Raiva e do Ódio à Indiferença



"O ódio é um sentimento de profunda antipatia, desgosto, aversão, raiva, rancor profundo, horror, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objectivo.

O ódio não é necessariamente irracional. É razoável odiar pessoas ou organizações que ameaçam ou fazem sofrer. Raiva e Ódio: o Ódio é mais profundo que a Raiva. Enquanto a Raiva seria predominantemente uma emoção, o Ódio seria, predominantemente, um sentimento. Paradoxalmente podemos dizer que o ódio é um afecto tão primitivo quanto o amor. Tanto quanto o amor, o ódio nasce de representações e desejos conscientes e inconscientes, os quais reflectem mais ou menos o narcisismo fisiológico que nos faz pensar sermos muito especiais.

Assim como o amor, só odiamos aquilo que nos for muito importante. Não há necessidade de ser-nos muito importantes as coisas pelas quais experimentamos Raiva, entretanto, para odiar é preciso valorizar o objecto odiado.

A teoria do Sujeito-Objecto, didaticamente coloca a idéia de que existem apenas duas coisas na nossa existência, eu, o sujeito e o não-eu, o objecto. E tudo o que sentimos, desde o nosso nascimento, são emoções e sentimentos em resposta ao objecto. Para que essa teoria possa ter utilidade é imprescindível entendermos o objecto como tudo aquilo que não é "eu", mais precisamente, tudo aquilo que não é a minha consciência.

Mas, de qualquer forma, o mundo objectual (do não eu) só pode ter valor se o sujeito o atribui. Para o sujeito nutrir sentimentos de ódio, é indispensável que atribua ao objecto de seu ódio um valor suficiente para fazê-lo reagir com esse tipo de sentimento. Obviamente, se ignorar o valor do objecto não poderá odiá-lo."

Doravante irei tentar alcançar o estado de indiferença em relação à tua pessoa...

Sabes que vais morrer sozinho, e tens medo!

Sabes que nunca conseguirás fazer com que nutra qualquer tipo de sentimento para contigo... outra vez.

Hás-de implorar para que te odeie...

"Não trates como prioridade quem te trata como opção."


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

São Valentim



Durante o governo do imperador Claudius II, este proibiu a realização de casamentos no seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército.
Claudius acreditava que se os jovens não tivessem família, se alistariam com maior facilidade.
No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador.
Seu nome era Valentine e as cerimónias eram realizadas em segredo.
A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte.
Enquanto estava preso, muitos jovens mandavam-lhe flores e bilhetes a dizer que os jovens ainda acreditavam no amor.
Entre essas pessoas estava uma jovem cega: Asterius, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentine.
Os dois acabaram por se apaixonar e milagrosamente recuperou a visão.
O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura:
“do teu Valentine”,
expressão ainda hoje utilizada.
Valentine foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 d.C.


Portanto... no Dias de S. Valentim deveria celebrar-se o facto de as pessoas acreditarem no amor, certo?

Assim como no Natal supostamente se celebraria o nascimento daquela criança especial... (ver Espírito Natalício)

Enfim... dias que até são interessantes pelo facto de promoverem uma saudável e calorosa relação social.

Então porque raio se esforça tanto o Homem para tirar o valor moral destes dias?!

É uma verdade que o Amor deve ser celebrado todos os dias, e deve ser partilhado, senão... qual era o interesse...? Mas se existem estes dias especiais para promover o que realmente interessa... não deveria haver forma de tornarem estes momentos em simples trocas de bem materiais entre outos...

Pelo amor da SANTA!! Não interpretem isto como "romantismo"!! É apenas uma chamada de atenção...!

Não se esqueçam de amar!!